Se você lê fóruns de áudio ou acompanha a PHE a algum tempo, deve ter se deparado uma vez ou outra com uma recomendação dos Rock Zircons, um IEM baratinho já consagrado pela sua excelente qualidade sonora.
Apesar de já ser um velho conhecido da galera, acho válido analisar para aqueles que ainda não conhecem ou querem aprender mais sobre essa alternativa.
Introdução
Como eu já reclamei aqui inúmeras vezes, fones intra-auriculares não são lá meu tipo de fone predileto simplesmente por ficarem direto no canal auditivo, o que geralmente é desconfortável pra mim. Entretanto, existem muitas ocasiões onde o isolamento deles se faz necessário, como em viagens por exemplo.
Entretanto, o Rock Zircon consegue ser um fone muito confortável pra mim. Vou falar mais sobre isso na sessão de “conforto” mais a frente na review, mas se você é como eu, não se preoucupe.
Construção
Aqui, nada demais. Ele é um fone muito bonito e diferente, mas existem muitos relatos do cabo quebrando na junta entre o conector e o cabo, já que não tem nenhuma forma de aliviar a tensão instalada ali. Uma borrachinha ou coisa do tipo resolveria o caso, mas como não tem, perde pontos.
A shell do fone é de um plástico glossy duro e o conector aparenta ser plástico com um revestimento fino de metal.
Aliás, o controle dele é o modelo de um botão e não há praticamente relevo nele, então você tem que ir apertando o controle todo até achar o botão. Meio irritante, pra falar a verdade.
O cabo dele é revestido em nylon (bem maleável) do conector até a bifurcação, e da bifurcação até as shells é de um silicone muito parecido com o dos Apple Earpods. Nas junções com os fones em si existe um aliviador de tensão de silicone bem duro, não sei o quão efetivo isso é.
Som
Ah, chegou a hora dos Zircons brilharem.
Aqui temos uma assinatura em V (graves e agudos ressaltados com os vocais levemente recuados em comparação) muito gostosa de se escutar. Os graves são muito bons, no ponto certo sem distorcer as outras frequências mas ainda aquece o som e tem aquele “punch” divertido de se escutar.
Os médios, apesar de levemente recuados, são muito limpos e detalhados. Mesmo com o grave aparecendo bastante, os médios não são “sujos” por eles e ficam bem “separados” se isso faz sentido.
Falando nisso, a separação instrumental é muito precisa, e isso aliada as outras características do som dele fazem dele um fone muito delicioso de se escutar, sem ficar cansativo e sempre divertido.
As frequências mais altas são muito presentes também, mas isso sem chegar a ser irritante ou exagerado. No fim das contas, ele mostra ser um fone muito gostoso e relativamente balanceado.
Conforto
Como mencionado antes, eles são fones muito confortáveis mesmo com as tips originais. Eles tem aquele isolamento característico de IEMs que é mais que suficiente pra mim em viagens, já que o cancelamento ativo de fones como os da Bose me incomodam também.
Como eles são pequenos, não vai ser problemático dormir com eles também, o que pra mim é uma grande vantagem e o motivo pelo qual eu levo IEMs em viagens ao invés de fones on-ear ou ainda over-ear.
Conclusão
Um dos primeiros fones baratinhos a ficar realmente popular, ainda é uma opção muito válida até hoje. Se você busca um fone para abusar e usar de qualquer jeito, talvez seja uma boa ideia ir atrás de algo mais robusto, mas com o uso normal creio que ele deva durar tempo o suficiente pra valer bem mais do que você pagou nele.
Sim, eu perdôo os probleminhas na construção dele por quê o som dele é incrível. Faça o mesmo e dê uma chance para eles, são fones muito bons e valem ser conhecidos.