Eu não me meto a fazer review de música por um motivo simples: eu sou muito ignorante pra isso. Então, o máximo que eu posso fazer é recomendar coisa boa, como um bróder mesmo.
Um dos meus álbuns prediletos, de todos os tempos provavelmente, saiu esse ano. É o “Regina”, do niLL.
Aqui no Brasil a gente não teve muita coisa inspirada pela estética Vaporwave, mas o niLL mostrou novamente que o rap É o gênero que consegue trazer essas coisas mais modernas ao público de forma acessível, e a “implementação” dessa estética não tinha como ser melhor nesse caso.
O álbum é a essência do vaporwave aplicado ao rap e à vida do niLL, com aquela nostalgia explicitada em referências a videogames e animes, além dos beats “chill” com instrumentais das décadas passadas aplicados de forma a reforçar a sensação de nostalgia.
É um álbum muito pessoal, verdadeiro e despreocupado. Apesar de nunca ter conversado com o niLL, eu me sinto próximo escutando esse álbum, como se ele fosse um bróder meu das antigas. Desde os áudios de whatsapp até as histórias que ele conta nas letras, tudo contribui para esse clima de saudades.
Junto com essa estética, permeia uma análise da modernidade no âmbito das nossas relações sociais líquidas, baseadas em interações pela internet e até mesmo a percepção das novas formas de trabalho, tudo numa pegada meio black mirror: “Hoje é o youtube que vai pagar o almoço”.
Enfim, como eu disse: não manjo nada. Só vai lá e escuta, depois você volta aqui e me diz o que achou.
Não tenho a menor familiaridade com rap/vaporwave.
Ouvi. Chorei na última.
Spread the Vaporwave around the world, haha!
Talvez depois eu escute esse.
Curti a sua análise. Esse álbum e Roteiro pra Aïnouz são os álbuns que estou mais curtindo. Igor depois entra no grupo Rap cru, tem um pessoal legal lá que está sempre discutindo sobre a cena.
Vou dar uma olhada, valeu Yago!
Também curto bastante Don L mas ainda não ouvi o RPA